segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Animal mais profundo do mundo é um insecto sem asas nem olhos

Plutomurus ortobalaganensis (Crédito: Ana Sofia Reboleira)

Espécie foi encontrada pela bióloga portuguesa a dois mil metros de profundidade

Na gruta mais funda do mundo, Ana Sofia Reboleira descobriu cinco novas espécies de insectos, o escaravelho Catops cavicis e quatro colêmbolos: Anurida stereoodorata, Deuteraphorura kruberaensis, Schaefferia profundissima e Plutomurus ortobalaganensis. Este último é o animal terrestre mais profundo de sempre ao ser descoberto a uma profundidade de 1980 metros abaixo da entrada da cavidade.

“Num ambiente aparentemente abiótico, como são as grandes profundidades cavernícolas, onde a luz do sol jamais entra e onde os recursos alimentares são extremamente escassos e as temperaturas muito baixas, é realmente notável encontrar-se vida”, revela a bióloga portuguesa ao Ciência Hoje.
A descoberta resulta da expedição ibero-russa de Verão do CAVEX Team em 2010 à cavidade Krubera-Vorónia, localizada na Abcásia, uma área remota perto do Mar Negro, nas montanhas do Cáucaso Ocidental.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A «Flora» está «On» a partir de 25 de Fevereiro

Base de dados "permite a qualquer um orientar-se no mundo da botânica"

A 25 de Fevereiro é lançada uma base de dados interativa com um interface de pesquisa fotográfico, geográfico e morfológico da flora portuguesa.


O «Flora-On» está a ser desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Botânica e procura ter uma abordagem inovadora à disponibilização e pesquisa da informação da flora para todo o público.

O projeto pretende “tornar simples e intuitivo o acesso à informação de toda a flora de Portugal”, explica Miguel Porto ao Ciência Hoje.

Segundo o botânico, “o problema principal que distancia o público em geral das plantas não é apenas a falta de informação” mas o facto de não ser fácil de encontrar o que se procura e “muitas vezes também não é fácil compreender o que se encontra”.

Miguel Porto considera que para além da informação estar “em geral dispersa”, “não existe nenhuma ferramenta que seja suficientemente intuitiva que permita a qualquer pessoa orientar-se no mundo da botânica sem que tenha de conhecer uma panóplia de termos técnicos que assustam à partida”.

É neste âmbito que o «Flora-On» pretende revelar-se importante. “Sem desprimorar o rigor da informação, tentamos simplificar a busca para que o sucesso da pesquisa seja maximizado”, sublinha o investigador.

Para saber o nome de uma planta, exemplifica Miguel Porto, basta descrever por palavras aquilo que se consegue observar ou em que tipo de habitat ou local foi encontrada. Se o utilizador não sabe como há-de descrever a planta pode usar o interface de identificação interativa que o orientará pelo caminho mais rápido para chegar à espécie que procura.

O «Flora-On» é um projeto que estará em constante atualização. A partir de amanhã haverá informação para cerca de 1500 espécies mas “a meta final será incluir informação de todas as espécies nativas e naturalizadas de Portugal Continental e Ilhas dos Açores e Madeira”, avança Miguel Porto.

A ser desenvolvido pela Sociedade Portuguesa de Botânica desde há dois anos através do trabalho voluntário de vários colaboradores, o projeto lança o desafio para que mais pessoas e instituições científicas possam contribuir para o seu desenvolvimento.

Susana Lage in www.cienciahoje.pt

O CCAH tem novo laboratório


O Centro de Ciência de Angra do Heroísmo possui agora um laboratório todo equipado para novas experiências e atividades.




O laboratório é a primeira de duas fases do projeto para a nova exposição principal do CCAH Intitulada "Volta à Física em 60'" que estará pronta em Junho do corrente ano.



Este projeto está a ser realizado pela equipa da Fábrica - Centro de Ciência Viva de Aveiro e financiado pela Direção Regional de Ciência, Tecnologia e Comunicações.



Já está montado e estamos a aceitar marcações para grupos. Basta entrar em contacto com a equipa do CCAH e vir conhecer as fantásticas experiências que temos para o nosso público.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Palestra Astronomia "+ Luz"

Realizou-se no CCAH no passado Domingo, 19 de Fevereiro, a palestra intitulada "A procura de planetas habitáveis fora do Sistema Solar". Seguem-se algumas imagens da palestra.






Descoberta de novo planeta



http://www.publico.pt/Sociedade/telescopio-da-nasa-descobre-nova-classe-de-planeta-com-mais-agua-que-a-terra-1534786

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Bom Carnaval!


A equipa do CCAH deseja a todos um Carnaval muito feliz!



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Portugueses descobrem ser vivo mais antigo à face da Terra

Crescimento da planta é lento e 
pode levar 600 anos a cobrir 80 quilómetros.

Uma equipa científica luso-espanhola acaba de revelar a descoberta, no Mar Mediterrânico, do ser vivo mais velho da Terra, uma planta marinha que terá pelo menos 100 mil anos, segundo disse hoje uma das autoras da investigação. A descoberta foi publicada na semana passada na revista «Public Library of Science One» (PloS One) e refere-se a um trabalho científico que decorreu entre 2005 e 2009, tendo por objecto a Posidónia oceânica.

“Descobrimos espécimes da Posidónia oceânica que poderão ter entre dez mil e 100 mil anos e possivelmente mais. Nunca se tinha encontrado na Terra um ser com uma idade tão avançada”, garantiu a investigadora Ester Serrão, do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, que liderou a equipa portuguesa.  O trabalho científico tinha como objectivo medir a área abrangida por um mesmo indivíduo daquela espécie, de forma a calcular a sua idade, com base no conhecimento de que a taxa de crescimento da espécie é de quatro centímetros ao ano.

fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=53037&op=all

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Investigadores recriam canto de grilo do Jurássico

Cientistas tiveram em conta o ambiente acústico daquele período e local 





Não é fácil reconstruir comportamentos de espécies de animais já extintas, “principalmente no que se refere à natureza e origens da comunicação acústica”. Mas num estudo publicado agora na «Proceedings of the National Academy of Sciences» (PNAS), uma equipa de cientistas revela como seria o canto do Archaboilus musicus, um extinto Tettigoniidae (um tipo de grilo) que viveu durante o Jurássico, há 165 milhões de anos.

A investigação, que envolveu equipas chinesas, britânicas e norte-americanas, baseou-se na análise de vários fósseis “excepcionalmente bem conservados”. A partir da morfologia do seu aparelho estridulatório (que emite sons a partir da fricção de partes do corpo) e na comparação filogenética com 59 espécies atuais foi possível recriar o som.

A espécie jurássica, batizada como Archaboilus musicus, que habitou o que hoje são as florestas da China e da Mongólia, media sete centímetros e produzia um som para atrair as fêmeas para o acasalamento através do movimento das asas, semelhante ao que acontece com as espécies atuais.

Os investigadores tiveram em conta o ambiente acústico daquele período e local, onde existiam muitos animais que emitiam sons ao mesmo tempo.

Chegaram à conclusão que o primitivo grilo emitiria frequências simples e puras. Através da estridulação, dava a conhecer às fêmeas a sua posição e a sua capacidade física. Estas poderiam atender ou não à chamada.

Seguindo princípios biomecânicos descobertos há alguns anos, Fernando Montealegre-Zapata, da equipa de Bristol, descobriu que esse grilo tinha um tom agudo com uma frequência de 6.4kHz e que cada episódio de canto durava 16 milésimos de segundo. Esta informação foi suficiente para reconstruir o canto.

A análise paleobioacústica forneceu também uma perspectiva única sobre a ecologia do inseto extinto. Os investigadores escrevem que a sua comunicação estava perfeitamente “adaptada ao ambiente desordenado da floresta de coníferas e fetos gigantes do Jurássico Médio, onde répteis, anfíbios e mamíferos insetívoros teriam também ouvido o seu canto”.

Artigo: Wing stridulation in a Jurassic katydid (Insecta, Orthoptera) produced low-pitched musical calls to attract females

Fonte:www.cienciahoje.pt

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

IBMC descobre mecanismo que trava divisão celular

Estudo poderá levar a novas terapias em doentes de cancro

Uma equipa de investigadores do Instituto de Biologia e Medicina Molecular (IBMC) descobriu uma forma de impedir a proliferação celular e “apesar de não se tratar de uma medida terapêutica, o estudo poderá levar a futuras terapias” para situações de descontrolo da divisão celular, como é o caso do cancro, segundo avançou Hélder Maiato, responsável pelo grupo de trabalho, ao «Ciência Hoje». O estudo foi publicado na edição ‘online’ desta semana da revista «Nature Cell Biology» e já valeu o prémio Pfizer de Investigação Básica à equipa.

O investigador explica que a divisão se realiza normalmente através de um processo de bipolaridade celular, ou seja, o material genético sob a forma de cromossomas separa-se de um modo equivalente para dois polos definidos ao longo do eixo de divisão, constituindo o fuso mitótico, mas “por várias razões, o caracter bipolar pode ser quebrado e este pode adquirir um carácter multipolar, originando uma distribuição desigual do material genético e associada a vários tipos de cancro”.

Em divisões multipolares as células conseguem “iludir” os mecanismos de controlo de qualidade agrupando os vários polos num fuso bipolar, permitindo a sobrevivência e transmissão do genoma cancerígeno. Agora, “o novo mecanismo tenta evitar o carácter irreversível e causar a morte celular”, continua. A investigação vem provar que determinadas proteínas, as CLASPs, podem ser utilizadas como alvos para inviabilizar células em divisão.

Entre células anormais
Geralmente, uma célula anormal – derivada de cancro – assume um fuso multipolar (com mais de dois pólos) e muitas vezes conseguem reorganizar-se de forma a tornarem-se novamente bipolar. Em cada um dos polos será reorganizada uma célula filha e ambas deverão possuir a mesma informação genética da célula que lhes deu origem. Segundo Elsa Logarinho, uma das autoras do trabalho, refere em comunicado, “é muito importante que este fuso esteja correctamente formado e mantenha o seu carácter bipolar” uma vez que é ele quem garante a igual “divisão dos cromossomas entre as células filhas”, acrescentou ainda.

Segundo a investigação, as CLASPs estão envolvidas na estruturação do fuso mitótico bipolar durante a divisão. Neste estudo os autores mostram que quando a função das CLASPs é afectada, impede-se a capacidade de células cancerígenas agruparem os múltiplos polos num fuso bipolar, tornando o processo irreversível. Neste caso, as células cancerígenas filhas não conseguem sobreviver. Por isso, “Se, em teoria, conseguirmos remover as CLASPs apenas nas linhagens de células cancerígenas, por exemplo, poderemos impedir que tumores continuem a proliferar”, continuou Hélder Maiato.

A equipa do IBMC demonstrou que “motores” localizados nos próprios cromossomas, ao actuarem sobre o fuso mitótico, podem levar à fragmentação irreversível dos seus polos. Segundo o investigador, “em termos conceptuais, em biologia, este estudo confere aos cromossomas, geralmente entidades passivas, um papel activo na determinação da arquitectura do fuso mitótico – o que causa esta multiplicação irreversível”.

Agora, “o desafio está em direccionar a abordagem experimental e a função das CLASPs para um tecido ‘in vivo’, já que este estudo foi realizado em cultura de células em laboratório”, concluiu Hélder Maiato.

Curso Infosénior III

     
O CCAH apresenta a terceira edição do curso de introdução informática para séniores. Esta edição surge no contexto de dar seguimento às primeiras edições de carácter iniciativo e apostar numa vertente mais prática e dinâmica.


O curso tem início a 13 de Março.


Requisitos para inscrição: possuir noções básicas de informática.

As inscrições já se encontram abertas, contactem-nos. Daremos prioridade aos alunos das primeiras edições.

Poluição sonora nos oceanos prejudica as baleias

Foram medidos os níveis de stress destes cetáceos com e sem tráfego marítimo

O barulho de origem humana que percorre os oceanos – como os motores dos grandes navios – provoca stress nas baleias ao dificultar a sua comunicação. Já há algum tempo os investigadores acreditavam que esta teoria tinha fundamento, mas só agora, e graças a um método pouco convencional, onde o ‘acaso’ teve um papel determinante, foi possível prová-la.

O curioso estudo, que liga os acontecimentos do 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque a uma investigação sobre fezes de baleias na Baía de Fundy (na costa atlântica da América do Norte), está agora publicado no «Proceedings of the Royal Society B».

Em 2001, a investigadora e veterinária Roz Rolland, do Aquário de Nova Inglaterra, em Boston, estava a recolher fezes de baleias-francas na Baía de Fundy, no Canadá, com a ajuda de um rottweiller, capaz de as detectar sobre as águas.

O objectivo era realizar testes de gravidez e estudar a reprodução dos animais. Mas as fezes, além de indicarem se a baleia está grávida, revelam também os seus níveis de stress. No dia 11 de Setembro de 2001, o atentado ao World Trade Center de Nova Iorque provocou uma diminuição drástica do tráfego marítimo na costa norte atlântica da América do Norte.

Pela primeira vez foi possível estudar as variações das hormonas de stress durante a redução de barulho no oceano. Em geral, o ruído diminuiu seis decibéis (com uma redução significativa das baixas frequências) e os níveis das hormonas do stress das baleias também. Este resultado sugere que o ruído provoca stress crónico nestes cetáceos.

As baleias utilizam sons de baixa frequência para comunicarem. Quando o ruído aumenta, as baleias alteram o seu comportamento e as suas vocalizações.

A contaminação acústica dificulta a capacidade de comunicarem entre si, aumentando o stress. Este pode interferir com os seus sistemas imunitário e reprodutivo. Existem apenas 475 baleias-francas no noroeste Atlântico e as suas taxas de reprodução são mais baixas do que as das baleias francas que passam o verão na Antárctida. O stress provocado pelo ruído pode ser uma das razões.

Roz Rolland acredita que a poluição sonora nos oceanos deve ser motivo de preocupação, tal como os desperdícios sólidos. Não são apenas os barcos que fazem barulho, adverte. As explorações de petróleo e de gás e os parques eólicos emitem também sons de baixa frequência que podem afectar estes cetáceos.

Artigo: Evidence that ship noise increases stress in right whales

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Palestra - A Procura de Planetas Habitáveis fora do Sistema Solar


+LUZ é o nome dado ao Ciclo de Palestras sobre Astronomia organizadas pelo OASA - Observatório Astronómico de Santana - com o apoio do Governo Regional dos Açores. A Palestra A Procura de Planetas Habitáveis Fora do Sistema Solar faz parte desse ciclo e será apresentada dia 19 de Fevereiro pelas 16H00 pelo Dr. Vasco Neves no Centro de Ciência de Angra do Heroismo - Observatório do Ambiente dos Açores.

Todo o público em geral está convidado a assistir!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Crustáceo super-gigante descoberto na Nova Zelândia




Numa expedição a um dos lugares mais profundos do oceano, na Nova Zelândia, uma equipa de cientistas encontrou, a sete mil metros, um anfípoda (crustáceos sem carapaça) gigante. Normalmente, estes crustáceos de águas profundas medem entre dois e três centímetros. 
A maior espécie que se conhecia vive na Antárctica e chega aos dez centímetros.
O que foi capturado agora pela equipa do Oceanlab (Universidade de Aberdeen, Reino Unido) e do National Institute of Water & Atmospheric Research (NIWA, Nova Zelândia) bate todos os recordes: mede 28 centímetros, quase dez vezes mais do que os anfípodas comuns. Os investigadores conseguiram ainda filmar outro gigante de 34 centímetros. 


http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52868&op=all