Alterações na região fazem aumentar queda de neve nos últimos anos
A redução do gelo no Oceano Ártico devido ao aquecimento global poderá explicar a neve e o frio acima do habitual dos invernos dos últimos anos em certas partes do Hemisfério Norte, sustentam cientistas norte-americanos.
As conclusões do estudo realizado por vários investigadores, entre os quais a presidente da Escola das Ciências Atmosféricas no Instituto de Tecnologia da Geórgia, e principal autora da comunicação, Judith Curry, foram divulgadas ontem, precisamente na página online daquele instituto. O estudo está publicado na «PNAS».
Desde que a superfície do gelo caiu para um nível recorde em 2007, quedas de neve nitidamente mais abundantes do que o normal foram observadas em vastas regiões. Nos invernos de 2009/2010 e 2010/2011, o hemisfério Norte registou as suas segunda e terceira mais fortes acumulações de neve, nos seus registos.
“Enquanto a região do Ártico tem aquecido nas décadas mais recentes”, escrevem os cientistas, “uma queda de neve anormal tem afetado os invernos de grande parte da América do Norte, Europa e Ásia Oriental”.
Neste trabalho, dizem, “demonstramos que a diminuição da área de gelo no Outono Ártico está ligada às mudanças na circulação atmosférica do Hemisfério Norte no Inverno”.
Os dados recolhidos, de 1979 – início das observações por satélite – até 2010, mostram uma diminuição de um milhão de quilómetros quadrados da superfície do gelo no Oceano Ártico no Outono, o que representa 29,4 por cento da sua superfície e equivale a duas vezes a da França, especificaram os cientistas.
Artigo: Impact of declining Arctic sea ice on winter snowfall, in www.cienciahoje.pt
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