quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Células estaminais e cancerígenas são as mais ‘rápidas’

Experiência apresentada no congresso da Sociedade Americana de Biologia Celular

Investigadores fizeram uma 'corrida de células'
Numa experiência invulgar, uma equipa de cientistas organizou uma ‘competição’ para tentar perceber quais as células mais rápidas do tecido humano. Numa pista feita de placas de vidro, investigadores de vários laboratórios inseriram as centenas de células a analisar. A mais veloz foi uma célula estaminal extraída da medula óssea de um feto. As conclusões foram apresentadas no congresso anual da ASCB (Sociedade Americana de Biologia Celular), que está a decorrer em Denver, Colorado, até amanhã.



As pistas onde se realizaram a ‘prova’ (com 4 a 12 micrómetros de largura por 400 micrómetros de comprimento) foram encomendadas ao laboratório francês Cytoo e enviadas as seis laboratórios em França, Alemanha, Reino Unido, Singapura e Estados Unidos (duas instituições), onde se realizaram as experiências.
Durante 24 horas, os cientistas registaram a velocidade das células. O especialista Simon Atkinson, do Departamento de Biologia da Universidade de Indiana (EUA), explicou que as células mais rápidas foram as células estaminais (em estado primitivo) e as células cancerígenas.
As células estaminais estão programadas para migrar durante o seu estado embrionário para diferentes partes de um organismo, onde se converterão em células especializadas segundo a função a ser desempenhada naquela parte do corpo.
Nos indivíduos adultos as células já estão formadas e têm funções específicas, existindo por isso mecanismos para conter essa deslocação.
Quando as células se tornam cancerígenas tendem a sofrer uma espécie de regressão que activa o programa que as fazia migrar durante o seu estado de desenvolvimento. Essa migração é a metástase do cancro.
Esta investigação pode ajudar os cientistas a entender a complexidade do cancro e assim abrir as portas para a descoberta de novas formas de tratamento.

Notícia em: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52085&op=all

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