quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Universidade do Minho cria sensor para vigiar aneurismas

 
 Um novo sensor com uma tecnologia apoiada por telemetria está a ser desenvolvido na Universidade do Minho (UMinho) para apoio a intervenções de reparação endo-vascular de aneurismas (EVAR). A instituição coordena o projeto de investigação – em parceria com o MIT Portugal, a FEUP e o Instituto Superior Técnico – que se propõe incorporar um sensor inovador num "stent graft" de correção de aneurismas. Este novo sensor deverá ser capaz de fazer por telemetria a monitorização dos doentes no pós-operatório, sem custos importantes.

O tratamento por EVAR constitui nos dias de hoje, em casos selecionados, uma alternativa minimamente invasiva à cirurgia convencional. A metodologia de intervenção é utilizada há 20 anos, no entanto as técnicas têm sido melhoradas no sentido de serem cada vez menos invasivas, mais económicas e mais monitorizáveis.

“As vantagens do projeto em que estamos a trabalhar estão no facto de se tratar de uma tecnologia de baixo custo, para além de fazer uma aposta num sensor muito fino e flexível”, diz o coordenador e docente Luís Alexandre Rocha, do Departamento de Eletrónica Industrial da UMinho. Este facto faz com que o sensor seja colocado na mesma cirurgia e juntamente com o “stent graft” de correção da artéria, sem cirurgias complementares e invasões com cateteres à parte.
Luís Alexandre Rocha.
Luís Alexandre Rocha.
Este desenvolvimento tecnológico, merecedor de um financiamento pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, vai trazer vantagens transversais, pois permite uma evolução tanto ao nível da eletrónica industrial com uma nova instrumentalização de circuitos em si, nomeadamente no desenvolvimento dos polímeros saindo dos materiais tradicionais, como os silícios, para trabalhar com nano-compósitos.

Desta forma, Luís Alexandre Rocha acredita que “este projeto trará desenvolvimentos importantes em materiais simultaneamente flexíveis e condutores, que trabalhem com sensores aplicáveis noutros campos e áreas”.


In: www.cienciahoje.pt

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